Ministra da Saúde exorta à participação no inventário sobre serviços equipamentos e recursos humanos
Maputo, 10 de Julho de 2018- A Ministra da Saúde, Dra. Nazira Abdula, exortou à participação de todas as unidades de saúde, públicas e privadas, em prol da concretização do Inventário Nacional sobre a Disponibilidade e a Prontidão dos Serviços, Equipamentos e Recursos Humanos (SARA – Plus), que decorre em todo o Pais desde Abril deste ano.
A Ministra da Saúde fez esta exortação durante o último fim-de-semana, na cidade da Maxixe, província de Inhambane, na presença do Alto-comissário do Canadá em Moçambique, senhor Antoine Chevrier, da Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moçambique, Dra Djamila Cabral, de dirigentes da província e de quadros seniores do sector da saúde, após efectuar uma visita às actividades do Inventário Nacional sobre a Disponibilidade e a Prontidão dos Serviços, Equipamentos e Recursos Humanos (SARA – Plus).
O objectivo do SARA – Plus é gerar informação actualizada sobre a prestação dos serviços de saúde, em particular os serviços da saúde sexual e reprodutiva, a disponibilidade de recursos humanos, infra-estruturas, equipamentos, artigos médicos, medicamentos, bem como a prontidão das unidades sanitárias em fornecer esses serviços de saúde.
“O nosso objectivo é que a informação gerada sirva de base para a elaboração de um Plano Integrado de Desenvolvimento de Infra- Estruturas, Recursos Humanos e Serviços de Saúde” repisou a Ministra da Saúde.
Por seu turno a Dra Djamila disse na ocasião que o desejo da OMS é que no fim deste inventário o País tenha à sua disposição dados completos, de boa qualidade, abrangentes e úteis para informar as decisões sobre as melhores estratégias e abordagens para responder as necessidades de saúde das populações.
Ela manifestou a disponibilidade da Organização Mundial da Saúde “em continuar a prestar apoio técnico ao Ministério da Saúde nesta área, para o reforço do Sistema de Saúde, e assim melhorar o acesso e a utilização equitativa dos Serviços de Saúde de qualidade, rumo à Cobertura Universal de Saúde”.
O Alto-comissário do Canadá em Moçambique referiu que o apoio do seu Governo ao SARA – Plus insere-se na política de cooperação feminista com os países que consiste em melhorar a Saúde Sexual e Reprodutiva das jovens e das mulheres. Também reiterou o compromisso do Governo do Canadá de colaborar com a OMS e outros parceiros e com o Governo em prol dos mesmos objectivos.
O 2º Inventário nacional e primeiro a utilizar a metodologia SARA termina em Agosto próximo, decorre em todas as províncias do País, e está a ser realizado por cerca de 110 profissionais de saúde, distribuídos por 26 equipas provinciais e uma equipa central. Desde o seu início em Abril até então foram abrangidas cerca de 2500 unidades de saúde a nível nacional, o que corresponde a 70% do total de unidades de saúde previstas.
Esta actividade é financiada pelo Governo do Canada, no âmbito de um Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva, num valor total de 5 milhões de dólares canadianos para um período de 5 anos. O SARA-plus conta com a assistência técnica da OMS nos seguintes aspectos:
- No desenvolvimento das capacidades ao Ministério da Saúde (MISAU) no uso de ferramentas apropriadas para o SARA,
- Na disponibilidade de consultores internacionais para a validação do inventário,
- Na provisão dos recursos materiais para o inventário, análise de dados, produção e disseminação do relatório final;
- No uso da informação em todos os níveis do sector de saúde para melhorar o processo de planificação e a alocação de recursos bem como a redução das desigualdades, incluindo as questões de género.
Neste mesmo quadro, também disponibilizou 20 viaturas, aparelhos de GPS, Tabletes e seus assessórios, lanternas solares, carregadores solares de tabletes, modems de conexão a internet e diversos materiais de campo tais como tendas, sacos cama, repelentes e créditos de comunicação e capas de chuva.
De entre alguns dos constrangimentos registados na materialização SARA – Plus destacam-se os seguintes:
- Dificuldades de acesso para atingir as unidades sanitárias localizadas nas áreas remotas, em algumas províncias e
- Na fase inicial algumas equipas tiveram dificuldades na inserção dos dados no equipamento electrónico.